Padrões de beleza: compreendendo a indústria da beleza, saúde e bem-estar

Parte 1

Para nós hoje em dia, padrão de beleza quer dizer ideais que a sociedade construiu sobre o que é considerado atraente ou desejável em termos de aparência física.

Os padrões de beleza podem variar entre culturas e períodos, contudo, são, frequentemente, envolvidos por atributos físicos específicos, como:

  • formato do corpo
  • características faciais
  • tom de pele
  • tipo de cabelo

Em razão dessas definições, tais padrões podem impactar significativamente a autoestima e a saúde mental de muitas pessoas, de diversos níveis sociais, principalmente, quando essas mesmas pessoas se sentem pressionadas a se conformar a ideais irrealistas ou inatingíveis.

Para entender esse ponto, observe uma análise mais detalhada:

não são verdades inerentes ou universais, mas sim, criações da sociedade e da cultura.

O que consideramos bonito em uma cultura pode não ser em outra, refletindo diversos valores e preferências estéticas.

São dois fatores que desempenham um papel significativo na formação e promoção desses padrões, muitas vezes exibindo tipos de corpo, características faciais e estilos específicos como os ideais.

A pressão para se conformar aos padrões de beleza pode levar à autoimagem negativa, ansiedade, depressão e até mesmo transtornos alimentares.

Alguns exemplos comuns incluem:

  • formato corporal: magreza ou corpo em formato de ampulheta nas culturas ocidentais.
  • características faciais: simetria, formatos específicos de nariz e olhos grandes.
  • tom de pele: pele clara ou tons de pele específicos, dependendo das normas culturais.
  • cabelo: cabelo liso ou com texturas específicas, frequentemente associado à juventude.

Os padrões de beleza não são estáticos e podem mudar ao longo do tempo, influenciados por movimentos sociais, mudanças culturais e até mesmo tendências de celebridades.

Compreender que estes são subjetivos e influenciados por diversos fatores é crucial para promover a positividade corporal e desafiar ideais prejudiciais.

O “ideal” de beleza feminina é um conceito fortemente influenciado por normas sociais e culturais, que variam significativamente ao longo do tempo e do lugar.

Não se trata de um padrão fixo, mas sim, de um conjunto de expectativas sobre o que consideramos atraente para ser uma bela mulher.

Esses ideais são frequentemente moldados pela mídia, publicidade e tradições culturais, e podem impor pressões irrealistas sobre as mulheres.

Aqui está uma análise geral de como compreendemos esse ideal.

Jovialidade

A atenção à juventude, frequentemente associada à aparência “fresca”, “com viço, vigor e sem manchas”, é muito enfatizado.

Magreza/esbelteza

 Muitas culturas priorizam um físico esbelto ou a um tipo de beleza como característica desejável.

Simetria e proporção

Um fato interessante é que as características faciais são frequentemente descritas como mais atraentes quando são simétricas e proporcionais entre si.

Tom e textura da pele e características faciais

De acordo com os padrões de beleza, uma pele clara e lisa é frequentemente associada à beleza.

Além disso, características faciais definidas, como maçãs do rosto salientes, maxilar definido e outras características faciais são frequentemente destacadas.

Os padrões das variações culturais

A Grécia Antiga celebrava as figuras curvilíneas.

Já no final do século XX, os ideais esbeltos eram proeminentes.

A cultura ocidental enfatiza a juventude, a magreza e os traços simétricos.

No Leste Asiático, o rosto pequeno em formato de V, nariz pequeno e olhos amendoados com pálpebras duplas são frequentemente considerados desejáveis.

Reprodução/Pexels

Desse modo, surge o impacto muito grande, fazendo com que pessoas se sintam incomodados com a sua imagem corporal.

De certa forma, os padrões de beleza irrealistas podem contribuir para uma imagem corporal negativa e problemas de autoestima não somente nas mulheres, mas em todas as pessoas de maneira geral.

A consequência é o surgimento de uma pressão social, ou seja, muitas mulheres podem se sentir pressionadas a seguir esses padrões, levando a práticas de beleza restritivas.

Por isso, é importante lembrar que a beleza é subjetiva: o que uma pessoa acha bonito, outra pode não achar.

Ademais, é a beleza interior que mais importa.

É preciso fazer realçar e valorizar algumas qualidades como gentileza, inteligência e confiança como parte da verdadeira beleza.

E, por fim, o amor-próprio e aceitação são cruciais.

As pessoas devem ter mais autocuidado, o que é crucial  e essencial para o bem-estar geral.

Na filosofia, o ideal de beleza transcende a aparência física, envolvendo conceitos como harmonia, proporção, ordem e a capacidade de despertar emoções e reflexões.

Grandes e conhecidos filósofos como Platão e Aristóteles trataram sobre o assunto beleza, fazendo uma relação ao mundo das ideias e à natureza, respectivamente.

Já filósofos mais modernos, como Kant e, principalmente Hegel, exploraram a beleza em conexão com a experiência estética e a razão.

Observe:

Platão, (Atenas, 428/427/Atenas, 348/347 a.C.) – filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga.

Para o filósofo, a beleza é uma forma ideal e perfeita, existente no mundo das ideias.

Segundo o pensador, a beleza que percebemos no mundo sensível seria apenas uma cópia imperfeita dessa ideia.

Aristóteles, (Estagira, 384 a.C./Atenas, 322 a.C.)  – filósofo e polímata da Grécia Antiga.

Aristóteles disse que é possível sentir a beleza na harmonia, proporção e ordem presente nas coisas.

Além disso, o filósofo enfatizou a importância da razão na percepção da beleza, buscando a essência das coisas.

Emanuel Kant – (22 de abril de 1724/12 de fevereiro de 1804) – filósofo alemão que distinguiu a beleza do sublime, conectando a beleza à harmonia entre a imaginação e o entendimento.

Georg Wilhelm Friedrich Hegel – (Estugarda, 27 de agosto de 1770 ,Berlim/14 de novembro de 1831) – filósofo germânico que relacionou a beleza à ideia e à sua manifestação no mundo real, considerando-a uma forma de superar a contradição entre o mundo natural e o mundo das ideias.

Apesar de diferentes abordagens, podemos entender a beleza como uma experiência subjetiva, relacionada à percepção individual e ao gosto pessoal.

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